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, 21/11/2013 às 07:25
Ações da Transalvador carecem de eficácia

Além disso, o órgão reajustou o horário de funcionamento da Faixa Solidária, na Boca do Rio, exclusiva para veículos com mais de um passageiro.
As alterações impactaram diretamente a rotina dos motoristas e usuários de transporte público.
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"Saí do Itaigara às 15h50 e só conseguiu chegar ao trabalho às 17h20. Estava um engarrafamento absurdo, pior do que aqueles que já estamos acostumados a enfrentar diariamente", relata.
Para a professora do Departamento de Transportes da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Ilce Maria Dantas, as medidas implementadas pela Transalvador são superficiais e insuficientes.
"É preciso um estudo aprofundado. A implantação de uma faixa exclusiva para ônibus, por exemplo, deve vir associada a outras medidas, como uma rede integrada de transporte. O que está sendo feito é a repetição de estratégias usadas há cinco anos, que não deram certo. A prefeitura está brincando com a população", disse.
Ao ser procurado várias vezes pela reportagem de A TARDE, o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, desligou o celular, sem dar entrevista.
O diretor de trânsito da Transalvador, Marcelo Correia, considera que os ajustes e suspensões são naturais, do ponto de vista técnico. É ao colocar em prática que, segundo ele, se podem verificar os "efeitos colaterais".
"Avaliamos se o remédio está de acordo, se exagerou a dose ou se foi prescrito a menos. É justamente na fase de monitoramento que se faz esta avaliação", afirma.
No entanto, a especialista em trânsito Cristina Aragon acredita que os testes realizados pelo órgão não podem penalizar a população.
"Hoje, existem programas de simulação de trânsito, que servem para prever as consequências de qualquer mudança e, assim, ajudar os responsáveis a tomar decisões. Faltam instrumentos desse tipo na atual gestão", diz.
Reativação
Apesar das críticas, Marcelo Correia afirma que as intervenções suspensas poderão ser reativadas a qualquer momento. Segundo ele, todas as ações são planejadas e estudadas por especialistas de trânsito do órgão.
"Após a conclusão das obras da avenida Paralela (no bairro do Imbuí), podemos pensar em retomar a faixa exclusiva de ônibus na ACM e na Magalhães Neto, por exemplo. Ela funcionou bem pela manhã. O problema foi o pico durante a tarde, que gerou engarrafamento", disse.
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