A Organização Mundial de Saúde define violência sexual como:
“qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou atos para
traficar a sexualidade de uma pessoa, utilizando repressão, ameaças ou
força física, praticados por qualquer pessoa independente de suas
relações com a vítima, qualquer cenário, incluindo, mas não limitado ao
do lar ou do trabalho”.
Situações de abuso, violação e assédio sexual são considerados tipos
de violência sexual, esclarece o blog Abuso Sexual Salvador, um dos
trabalhos de conclusão do curso de Jornalismo deste semestre, no Centro
Universitário Jorge Amado-Unijorge.
Existem quatro categorias dentro de abuso sexual: pedofilia, estupro, assédio sexual e exploração sexual profissional.
Pedofilia
A pedofilia é considerada um transtorno parafílico, onde a pessoa
apresenta fantasia e excitação sexual intensa com crianças pré-púberes,
efetivando na prática tais urgências, com sentimentos de angústia e
sofrimento. O abusador tem no mínimo 16 anos de idade e é pelo menos 5
anos mais velho que a vítima.
Estupro
O estupro é definido forçar alguém a praticar sexo sem o seu
consentimento, estando a pessoa consciente ou não, mediante violência ou
grave ameaça. É mais comum de acontecer com mulheres. O estuprador,
geralmente, é homem e tem sentimentos odiosos em relação às mulheres,
sentimentos de inadequação ou insegurança em relação à sua performance
sexual. Pode apresentar desvios sexuais como o sadismo ou anormalidades
genéticas com tendências à agressividade.
Assédio Sexual
O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não-bem vinda,
uma solicitação de favores sexuais ou qualquer conduta física ou verbal
de natureza sexual.
Existem
dois tipos de assédio:
-- Quando existe uma pressão sobre a vítima para que preste algum favor sexual por estar hierarquicamente abaixo do molestador
-- Quando há uma pressão para a vítima se sentir num ambiente
desagradável por ser do seu sexo específico. Preconceito de gênero.
Exploração Sexual
A exploração sexual ocorre quando há algum tipo de envolvimento
sexual (ou intimidade) entre uma pessoa que presta algum serviço (de
confiança e com algum poder) e um indivíduo que procurou a sua ajuda
profissional.
ONGs que ajudam as vítimas
Existem diversos canais além do Disque 100 para atendimento às
vítimas de violência sexual? São serviços telefônicos ou presenciais que
trabalham no aconselhamento e atendimento às crianças e adolescentes.
Confira abaixo alguns deles relacionados pela Childhood Brasil.
123 Alô!
Presente em mais de 150 países, o canal segue o modelo da rede
Child Helpline Internacional, prestando atendimento aos infanto-juvenis
no Rio de Janeiro. O serviço funciona desde 2009 e assiste as vítimas
por telefone, chat ou e-mail gratuitamente através do 0800 0 123 123.
De acordo com a coordenadora, Vânia Izzo, o grande diferencial está
no acolhimento dado aos vulneráveis. “A solidão e a falta de ter com
quem falar são as queixas mais frequentes e o cenário para que apareçam
as situações de abuso sexual, negligência e violência”, diz.
Após análise cuidadosa dos casos, é feito o encaminhamento para o
atendimento psicológico próximo à residência ou, em se tratando de abuso
sexual, a criança ou adolescente são orientados a identificar-se para
que seja encaminhada uma denúncia ao Conselho Tutelar.
Através do “123 Alô!”, uma média mensal de 283 crianças e
adolescentes foram atendidas no período de janeiro a meados de outubro
de 2012. Desses, foram 45% via telefone, 47% via e-mail e 8% via chat.
Projeto Viver
Criado em 2001 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado
da Bahia, o Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual
– o Viver, disponibiliza gratuitamente, às vítimas e a seus familiares o
atendimento e amparo necessários.
Além da assistência por telefone (0800 284 2222), o Viver tem
serviços direcionados ao atendimento presencial em Salvador, onde a
vítima é recebida por uma equipe multidisciplinar que realiza o
acompanhamento social, médico, psicológico e jurídico.
O projeto funciona mediante parcerias com outras instituições, como
Secretaria Estadual de Saúde, Ministério Público e Conselhos Tutelares.
PAVAS
Um serviço que conta com o apoio da Faculdade de Saúde Pública
da Universidade de São Paulo, o Programa de Atenção à Violência Sexual
(Pavas) presta atendimento às crianças e adolescentes em situação de
abuso sexual e às suas famílias. O trabalho possui ênfase na prevenção e
tratamento das consequências da violência sexual, além de ajudar com
mecanismos que diminuam a situação de vulnerabilidade.
Nessa linha, as consultas são agendadas pelo telefone (11) 3061 7726
para, inicialmente, ser feita uma triagem por uma equipe especializada.
De acordo com o médico da equipe, Théo Lerner, o atendimento é feito
primeiramente em grupo e depois cada caso é tratado separadamente. Para
mais informações, visite a página do PAVAS.
Centro de Valorização da Vida (CVV)
A proposta do Centro de Valorização da Vida (CVV) é fornecer
apoio emocional gratuito às vítimas através do número 141, chat, VoIP,
correspondência e de maneira presencial. O projeto possui mais de 2.200
voluntários responsáveis pelo atendimento com foco na prevenção do
suicídio.
“Lidamos com qualquer assunto. Nosso objetivo é ouvir a pessoa que
liga e entender o que ela está sentindo”, diz Adriana Rizzo, voluntária
do CVV.
O blog Abuso Sexual em Salvador é um trabalho das
formandas
-- Bruna Correia
-- Camila Barreto
-- Daiane Oliveira
-- Taísa Conrado
-- Thyara Araújo
Conheça
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123 Alô!
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Projeto Viver
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PAVAS