Sábado, 29 de Junho de 2013 - 00:00
Governo 'trabalha mais para coibir movimentos sociais que em segurança', diz vereador

Em
tempos de farta distribuição de balas de borracha, o vereador Marco
Prisco (PSDB) disparou, ainda que apenas de forma metafórica, as suas,
contra a condução dada pelo governo à ação policial durante as
manifestações realizadas nas últimas semanas em Salvador. O tucano, que
pretende se candidatar a uma vaga na Assembleia Legislativa no próximo
ano, qualificou como “bravata” a promessa do governo de apurar excessos
cometidos por policiais em confrontos com manifestantes. “Para o governo
do Estado não houve nenhum excesso porque a ordem foi muito bem clara e
dada por ele mesmo. Quem é militar, sabe”, afirmou o legislador, em
entrevista ao programa Jornal da Primeira Hora, na Rádio Cultura AM
1140. O diretor Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia
(Aspra-BA) garantiu que procedem as informações de que existem
policiais infiltrados nos protestos para identificar lideranças de
movimentos sociais e posteriormente intimidá-las. “Infelizmente, o
serviço de inteligência do governo trabalha mais para coibir os
movimentos sociais e manter o PT no governo do que propriamente para
lidar com a segurança pública”, disparou. Prisco admite que a imagem dos
policiais militares frente à população sairá “infelizmente” arranhada
por conta dos embates com ativistas durante as manifestações populares.
“O governo está jogando muito bem; joga a população contra a PM e diz
que vai mandar apurar os excessos, então o vilão da história é a PM e
não o governo”, analisa o edil. Na sua avaliação, como se aproxima um
ano eleitoral, a estratégia governamental é “desgastar” a categoria que
“tem força”. Questionado se aceitaria um hipotético e improvável convite
do governador Jaques Wagner para comandar a Secretaria de Segurança
Pública, Prsico foi direto. “Não aceitaria porque não teria poderes para
mudar o que está aí”, declarou, ao admitir que o atual gestor da pasta,
Maurício Barbosa também não tem esse poder. “Se ele tivesse esse poder
ou tivesse a coragem de dizer o que está acontecendo verdadeiramente na
segurança pública na Bahia, não estava mais no governo”, concluiu o
vereador.
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